quarta-feira, 25 de agosto de 2010

reino

Adormeço. A dor meço. Eis um castelo construído de meus pesares, bandeiras vermelhas-sangue alvoaçam na brisa novembrina. Novembro, doce... cedo. Surjo no sujo pátio, vislumbrando inalcançáveis e nunca-visitadas escadarias, e alcanço-as. Entre melancólicos portais, adentro por tais, encontro-me e me perco no saguão de minhas esquecidas lembranças. Envolto em pensamentos vários, surpreendo-me com o soar de mil cornetas e o galopar de quatro mil patas equinas anunciando a não-anunciada ascenção do almejado reino dos sonhos. Sou rei. Cara coroa no rei, rei no trono.
Vida longa ao rei.

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